
Afogamentos no RN: Perfil das Vítimas e o Papel Crucial da Educação Física na Prevenção
🌊 Afogamentos no RN: Perfil das Vítimas e o Papel Crucial da Educação Física na Prevenção
O afogamento é uma das principais causas de morte acidental no mundo, e no Rio Grande do Norte não é diferente. A pesquisa de Larissa Ellen da Silva Almeida, defendida na UFRN em 2024, traz dados alarmantes sobre ocorrências de afogamento nas praias potiguares e destaca o papel fundamental que os profissionais de educação física podem desempenhar na prevenção desses acidentes.
Analisando 753 registros do Corpo de Bombeiros Militar entre 2021 e 2024, o estudo revela que a Praia do Amor, em Tibau do Sul, concentra 40% dos casos, seguida por Miami (13,28%) e Praia do Forte (7,97%). A pesquisa também traça um perfil detalhado das vítimas e aponta caminhos para reduzir esses números através da educação e prevenção.
🔍 Principais achados da pesquisa
- 56% das vítimas são do sexo masculino, com maior incidência na faixa etária de 25-59 anos (42%)
- 55% dos casos ocorreram durante a maré enchente, especialmente nas praias dos Artistas (79%) e Portal das Dunas (71%)
- 53% das vítimas eram turistas ou não residiam na cidade onde ocorreu o afogamento
- Apenas 10% dos casos apresentavam sinais de embriaguez, desmistificando a associação direta entre álcool e afogamentos
- Quando considerada a faixa de 0-24 anos, os números sobrem para 55% do total de ocorrências
“Saber nadar não garante, por si só, que o afogamento não ocorrerá, mas certamente a inserção de práticas que envolvam ambientes aquáticos durante a infância e adolescência pode proporcionar a garantia de utilização da educação física como peça de ampliação do conhecimento básico de medidas preventivas.” — Larissa Ellen da Silva Almeida
🏖️ Praias com maior incidência de afogamentos
O estudo mapeou as praias mais perigosas do RN, sendo a Praia do Amor a líder absoluta em ocorrências, apesar de contar com guarda-vidas apenas nos fins de semana e no verão. A pesquisa alerta para a subnotificação de casos durante a semana, quando não há supervisão profissional. Completa o top 5:
- Praia do Amor (40,24% dos casos)
- Praia de Miami (13,28%)
- Praia do Forte (7,97%)
- Ponta Negra (7,30%)
- Praia do Meio (7,17%)
👨🏫 O papel transformador da Educação Física
A pesquisa destaca que 54% dos estudantes de Educação Física não se sentem preparados para atuar em situações de emergência, segundo estudo citado. Para mudar esse cenário, Larissa propõe:
- Ampliação do currículo com mais disciplinas sobre salvamento aquático
- Treinamento em natação utilitária e técnicas de auto-salvamento
- Parcerias com o Corpo de Bombeiros para capacitação prática
- Inclusão de conteúdos preventivos nas aulas escolares e universitárias
- Projetos como o Surf-Salva, que treina surfistas em técnicas básicas de resgate
📌 Dados que salvam vidas
A pesquisa revela que a combinação de fatores como maré enchente, presença de turistas e áreas sem supervisão constante criam o cenário perfeito para tragédias. A boa notícia é que os números vêm caindo cerca de 42% nos últimos anos, graças a ações preventivas.
“O afogamento pode e deve ser evitado”, afirma Larissa. “Conhecer as técnicas de salvamento, o atendimento pré-hospitalar e a cadeia de sobrevivência do afogado pode oferecer ao profissional de educação física maior capacidade de enfrentar situações de risco.”
🌐 Como a Chemteq Solutions pode contribuir
A Chemteq Solutions acredita que dados transformam vidas. Nossas soluções em análise de informações podem ajudar órgãos públicos e instituições de ensino a:
- Mapear áreas de risco com base em dados históricos
- Otimizar a alocação de guarda-vidas conforme períodos e locais críticos
- Criar campanhas educativas direcionadas aos perfis de maior risco
- Desenvolver sistemas preditivos para prevenção de acidentes
- Fornecer dashboards interativos para gestão da segurança aquática
🔗 Referência: Almeida, Larissa Ellen da Silva. Perfil de Ocorrências de Afogamento nas Praias do Rio Grande do Norte: Um Estudo sobre a Atuação do Corpo de Bombeiros Militar e o Papel do Profissional de Educação Física na Prevenção de Afogamentos. UFRN, 2024.
Fonte:https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/62052
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